sexta-feira, 9 de julho de 2010

Entrevista com Alexander Skarsgard na revista sueca "Situation" Parte I



Alexander é o mais lindo, gato, gostoso, sexy Sueco em Hollywood. E logo seu primeiro filme sueco em 3 anos, Puss de Johan Kling, vai estrear em agosto. Situation Stockholm’s Cyril Hellman conseguiu a única entrevista.

Alexander Skarsgård diz que o trabalho em Puss vem acontecendo por um longo tempo. 1 ano e meio atrás, o diretor Johan Kling, ficou doente de tanto trabalhar e as gravações foram adiadas por tempo indeterminado.

AS: Foi muito complicado, já que eu não moro na Suécia. Eu tive que ir para casa em LA e continuar trabalhando em True Blood. Levou um enorme tempo pra colocar as coisas de volta no trilho. Mas eu acho que eu falo por todos os atores do projeto quando eu digo que nós fomos todos muito dedicados a embrulhar Puss e não abandonar um filme pela metade.
Quando finalmente estávamos prontos pra começar a trabalhar no filme de novo, eu tinha acabado de filmar a segunda temporada de True Blood e no meio da regravação de Straw Dogs em Shreveport, Louisiana. Foi tudo surreal, estava numa agenda intensa e ainda por cima o papel necessitava que eu cortasse meu cabelo bem curto. Eu voei de Shreveport via Atlanta, New York eStockholm para Visby onde o produtor de Puss me pegou e me levou direto para o estúdio em Fårösund, onde uma nervosa maquiadora me esperava com uma peruca que eu nunca tinha experimentado antes. Por sorte serviu, e depois disso bebi uma grande caneca de café preto e fui pra frente da câmera e sorri. Nós filmamos por três intensos dias e depois eu voei de volta para Shreveport. Não preciso dizer que eu estava exausto durante a filmagem, mas foi uma grande alegria terminar Puss com um incrivelmente inspirado Johan e uma equipe fantástica. Eles totalmente fizeram possível pra mim.

Alexander deixou a Suécia aos 30 anos, principalmente porque ele só estava recebendo propostas pra ser o galã do ensino médio. Hoje, após os sucessos nos EUA, com as séries de TV Generation Kill e True Blood existem ofertas para papéis diferentes na Suécia. Você vai continuar a filmar na Suécia?

AS: Sim. Minha atitude foi também sobre os filmes suecos que estavam sendo feitos naquela época. Nada se destacou. Era como se o mesmo filme estivesse sendo feito repetidas vezes e eu só estava recebendo ofertas para fazer o mesmo papel repetidas vezes. Agora é completamente diferente. 10 anos atrás nós fizemos os piores filmes na Escandinávia, mas hoje estou orgulhoso de ser sueco quando eu viajo pelo mundo conhecendo pessoas da indústria cinematográfica. As pessoas estão impressionadas pelo o que está acontecendo na Suécia. Nós temos muitos novos, jovens e interessantes cineastas que têm uma história pra contar. Johan Kling está longe de ser um adolescente, mas ele definitivamente pertence a essa nova multidão de cineastas, todos com seu estilo e vibração únicos. Eu chamo eles de "autores". Fui um grande fã de 'Darling' um filme incrivelmente emocionante. Pra mim, nunca tive dúvida que ir pra casa e trabalhar com Johan era a a coisa certa. E se você ainda não leu o livro de Johan “Människor helt utan betydelse” saia e vá comprá-lo imediatamente!

Puss é uma comédia que se passa em um pequeno teatro independente. O irmão do Alexander Gustaf também estrela o filme, como um cara introvertido. Mas eles não tem uma única cena juntos.

AS: Gurra e Jag não tem nada grande juntos no filme, mas tem algumas cenas onde todo o conceito se junta, então nós conseguimos curtir um pouco apesar de tudo.

Stellan Skarsgård recentemente falou em uma entrevista que o risco dele e seus filhos mais velhos fazerem um filme juntos seria que o foco estaria nos atores em vez de trabalho, e é por isso que eles provavelmente deveriam fazer como em "Long day’s journey into night".

AS: Sim, mas você tem que entender que não é nada disso que está nos impedindo. É sempre sobre quão bom é o roteiro. Normalmente quando um produtor está interessado em nos contratar juntos é porque eles viram isso por uma perspectiva de relações públicas. Quero dizer, eles provavelmente estão esperando grandes bilheterias se hover uma gangue da família Skarsgard no mesmo filme. Como um ator isso não é lisonjeiro mesmo e eu não gosto. Contudo, se a oferta para fazer um papel vem a mim por causa do roteiro bom com um bom personagem, eu não hesitaria nem por um segundo para trabalhar juntos. E claro, seria muito divertido para todos nós. Mas tem que ser a coisa certa. E claro, nós fazendo “Long day’s journey into night” algum dia, falando de grande material ...

De galã pra vigarista da cidade em Puss. Isso não é um trecho e sua parte é bastante um estereótipo.

AS: Ele é um cara da cidade e segue a tendência atual, dirige o carro certo e é maneiro. É como se ele estivesse interessado em comprar um aparador dos anos 60 por 45.000. Ele está extremamente com medo de conflitos e ao longo do filme ele continua a se envolver em brigas e sempre acaba em um canto. Ele esta tentando sair de tudo isso em sua maneira desajeitada.

Eric em Triue Blood também é um "vigarista". Você vê um padrão que você está sendo contratado em uma maneira diferente?

AS: Não, como personagem eles estão a milhas de distância. Eric é cheio de auto-confiança, forte e cumpre sua palavra. Ele tem auto-confiança suficiente para fazer isso. Alex em Puss não é nada disso, ele tem um olhar inseguro e sempre tenta fugir, mente e evita conflitos.

Alexander Skarsgård nasceu em Råcksta, mas cresceu em Södermalm.

AS: A Södermalm em que eu cresci era totalmente diferente da Södermalm de hoje. Söder era uma área artistica e muito mais acessível que o resto da cidade. Eu me mudei para Söder quando eu tinha 6 meses de idade e eu vivi lá a maior parte da minha vida. Nós mudamos para um bloco de Blekingegatan que hoje é um lugar onde todos chamam de SOFO. Quando eu tinha 4 anos de idade nós mudamos para Götgatsbacken e minha mãe e meus irmãos ainda vivem lá até hoje. A familia tem o mesmo apartamento por 30 anos. Eu cresci lá como Gurra, Sam e os outros irmãos. Götgatan antes e agora é como dia e noite. Nos anos 80 e no começo dos anos 90 não existia cefeterias ou boutiques da moda.

Alexander afirma que a velha Söder fez dele o que ele é.

AS: Nós nunca saímos de Söder. Eu fui pra escola em Mariatorget e lá era onde todos nós ficávamos juntos. Eu sou tão velho que aquela Södra Station não existia quando eu era criança, era uma área de construção. Havia um posto de gasolina fechado na área, uma ferrovia velha e velhos edifícios de armazenamento. A área parecia como algo que saiu de um filme de Mad Max. Nós corríamos por todo o lugar e era nosso 'parquinho'. Tinha um monte de gente barra-pesada lá também, e uma vezes fomos perseguidos por um homem velho com uma faca. Não era o lugar mais seguro mas nós nos divertimos muito e era divertido para nós crianças brincar lá.

Alexander ainda acompanha o Hammarby. (Time de futebol Sueco)

AS: Bajen (Hammarby) foi uma parte importante do meu período de adolescência nos anos 90. Meus amigos e eu éramos torcedores ativos, e nós basicamente fomos em todos jogos. As vezes tinha samba a noite toda depois de uma vitória de Bajen e as vezes você tinha que entrar num carro e dirigir 140 milhas na chuva de novembro depois de uma derrota de Bajen onde a qualificação do Allsvenskan (Liga Sueca) estava em jogo. "Acontece em Bajen"
Estou sem raízes e vivo nos EUA por 6 anos. é importante pra mim voltar pra casa e encontrar os caras e beber cerveja no "Medis" e depois ir ao Söderstadion (Estádio de Futebol) para assistir Bajen jogar. Existem muitas memórias que voltam sempre que eu faço isso, e é uma parte da minha infância.

Recentemente antes de um dos jogos fora de casa do Hammarby apareceu um vídeo no Youtube onde você podia ver Alexander e Joel Kinnaman tentando uma caminhada de engate da central de Hollywood até Jonkoping (Cidade Sueca).

AS: Através dos anos, Hammarby tem me dado tanto, tantos grandes momentos de ir aos seus jogos e o mero pensamento de Hammarby estar falindo e não estar mais lá é aterrorizante. Eu quero estimular eles e dar um pouco de volta. E quando eu tiver filhos um dia quero poder levar eles ao Söderstadion (Estádio de futebol em Estocolmo). Hammarby tem os fãs mais leais que existem. Não tem como nós deixarmos Hammarby entrar em processo de falência.

AS: É difícil demais. Não há dinheiro. Mas estou convencido que o novo diretor Åsa Sånemyr, fará um ótimo trabalho. A chave para isso tudo é que o Hammarby tem apoiadores muito dedicados que irão fazer qualquer coisa para o time sobreviver financeiramente. Juntos nós vamos mudar isso.

Continua...

Tradução da nossa colaboradora gracinha master super ninja Jeealmeida.

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